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MEDICINA NO BRASIL

CFM apoia nova medida da Anvisa sobre prescrição de Zolpidem

A partir do dia 01 de agosto de 2024, uma mudança importante entrou em vigor no Brasil: todos os medicamentos que contêm zolpidem devem ser prescritos por meio de Notificação de Receita B (azul), conforme estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esta medida visa um controle mais rigoroso sobre o uso de zolpidem, um medicamento amplamente utilizado para tratar insônia, mas que tem sido alvo de uso abusivo e aumento significativo nas vendas.

Aumento do Controle: Razões e Impactos 📈

A decisão da Anvisa reflete a preocupação crescente com o uso inadequado do zolpidem, que passou de cerca de 13 milhões de caixas vendidas em 2018 para aproximadamente 20 milhões desde 2020. De acordo com Emmanuel Fortes, diretor de Fiscalização do Conselho Federal de Medicina (CFM ), “não podemos banalizar o uso de psicotrópicos”. A medida é vista como essencial para mitigar os riscos associados ao uso prolongado e ao uso recreativo da substância.

Novos Requisitos e Regulamentações 🔎

Com a nova regra, somente médicos devidamente cadastrados nas Vigilâncias Sanitárias locais poderão prescrever zolpidem. Médicos que não possuam o cadastro necessário deverão encaminhar seus pacientes a especialistas autorizados. Além do zolpidem, medicamentos como zalepona, zoplicona e eszopiclona também estarão sujeitos a novas regulamentações.

As receitas emitidas até 31 de julho, contendo esses medicamentos, ainda serão aceitas até o fim de sua validade. Entretanto, a partir de 1º de dezembro de 2024, todos os medicamentos fabricados à base de zolpidem deverão conter uma tarja preta em suas embalagens, conforme exigido para os medicamentos da Lista B1 da Portaria SVS/MS 344/1998.

Histórico e Contexto 🔄

O zolpidem havia sido desclassificado como “tarja preta” em 2001 e passou a ser controlado com uma receita especial menos rigorosa. No entanto, o aumento exponencial na produção e a estratégia de marketing agressiva para os genéricos provocaram um crescimento no consumo, o que levou a Anvisa a reavaliar a situação. “Precisávamos desse controle maior, pelo bem da saúde da população brasileira”, afirma Fortes.

BUSINESS

Oligopólio na saúde privada: Sete empresas dominam o mercado

No cenário atual da saúde privada brasileira, um estudo recente revelou que sete grandes empresas controlam não apenas o setor, mas têm uma influência econômica significativa sobre o país. O pesquisador Eduardo Magalhães Rodrigues, pós-doutor em economia política pela PUC de São Paulo, revelou que a Rede D´Or, DASA, Eurofarma, Notre Dame, Amil, Aché e Hapvida formam um verdadeiro oligopólio, dominando 192 outras empresas e participando do 1% das corporações com mais de 20% das ações dos maiores grupos empresariais do Brasil.

O Poder das "Sete Irmãs da Saúde" 💼

Rodrigues utilizou uma análise detalhada das conexões acionárias para identificar essas corporações como as mais poderosas do setor. Segundo seu estudo, a saúde privada ocupa o terceiro lugar entre os setores mais dominantes da economia brasileira, atrás apenas dos setores de energia e finanças. A Rede D´Or, por exemplo, controla 77 empresas e lidera tanto no grau de saída quanto na centralidade de intermediação, destacando-se como a mais influente do grupo.

Impacto Econômico e Político 📊 

O estudo revelou que essas sete empresas exercem um controle econômico específico, com suas receitas brutas superando em 69,7% o orçamento da União. No primeiro trimestre de 2024, os planos de saúde obtiveram um lucro líquido de R$3,3 bilhões, o que destaca uma discrepância entre os relatórios de prejuízo frequentemente divulgados e a realidade financeira robusta do setor.

Rodrigues observou que o oligopólio na saúde privada permite que essas empresas definam unilateralmente os serviços oferecidos, a qualidade e os preços, prejudicando o consumidor. Além disso, ele critica a falta de eficácia dos órgãos reguladores, como a ANS e o Cade, que falham em controlar esses abusos e prevenir a concentração excessiva de poder econômico.

Desafios para o Setor Público 🧐 

A concentração de poder entre essas corporações afeta diretamente o SUS e a capacidade de acesso à saúde de qualidade para a população. Rodrigues sugere que medidas como a compra estratégica de ações pelo governo poderiam ser uma forma de limitar o poder dessas empresas e melhorar a regulação do setor.

ATUALIDADES

A música atrapalha ou ajuda no rendimento esportivo? Entenda.

Você é do time que não consegue treinar sem música? Ou prefere o silêncio absoluto? A relação entre música e desempenho esportivo pode ser mais complexa do que você imagina. Vamos desvendar como a música pode impactar seu treino, tanto positivamente quanto negativamente.

Benefícios da Música no Treino 🎵

Ouvir música durante o exercício pode ser um verdadeiro impulso para o seu rendimento, segundo o treinador Marcelo Raffani. Músicas animadas e com ritmo acelerado podem aumentar a motivação, ajudar a manter o ritmo e distrair a fadiga e o desconforto físico. O pesquisador Costas Karageorghis, em seu livro Applying Music in Exercise and Sport, revelou que a música ativa áreas importantes do cérebro, como o lobo parietal e o lobo frontal, melhorando o controle muscular, a coordenação e a regulação emocional.

Estudos mostram que músicas com batida rápida podem até aumentar a intensidade do treino, ajudando a correr mais rápido ou levantar mais peso, funcionando como uma espécie de "doping sonoro". Além disso, um estudo da revista Frontiers in Psychology mostrou que ouvir música também pode aumentar a autoestima entre aqueles com bom desempenho esportivo e melhorar a motivação.

Quando a Música Pode Atrapalhar ⚠️

No entanto, a música não é uma solução universal. Para atividades ao ar livre, como corrida ou ciclismo, a música alta pode reduzir a percepção dos sons ao redor, como o tráfego, aumentando o risco de acidentes. Além disso, a música alta pode sobrecarregar o cérebro, resultando em perda de foco e possível aumento do risco de lesões.

Durante exercícios que desativam alta concentração ou técnica, como levantamento de peso pesado, a música pode se tornar uma distração. Também é importante considerar o ritmo da música; se não estiver sincronizado com o ritmo do exercício, pode interferir na técnica, especialmente em atividades de resistência e alta intensidade.

Integrando a Música ao Seu Treino 💡

A música pode ser uma aliada poderosa quando usada corretamente, aumentando a motivação e a intensidade do treino. No entanto, é fundamental integrar a música de forma consciente e segura, considerando o ambiente e o tipo de exercício. A nossa dica é: encontre o equilíbrio certo para maximizar os benefícios e minimizar os riscos!

MEDICINA E CIÊNCIA

Um simples exame de sangue – a nova arma contra o Alzheimer

No campo da medicina, descobertas inovadoras têm o poder de transformar vidas. Imagine um futuro onde um simples exame de sangue possa detectar uma das doenças neurodegenerativas mais temidas da atualidade. Parece ficção científica? Pois agora é realidade! Um recente avanço científico promete revolucionar o diagnóstico de Alzheimer, trazendo esperança a milhões de pessoas.

A Ciência por Trás da Inovação 🔍

O estudo recente, publicado por uma equipe de pesquisadores, trouxe muitos resultados que podem transformar o diagnóstico da doença. A pesquisa demonstrou que o exame de sangue pode identificar proteínas anômalas associadas ao Alzheimer, facilitando a identificação da doença em estágios iniciais, antes mesmo do aparecimento dos sintomas mais graves. Os testes foram realizados em centenas de participantes, e os resultados mostraram uma alta precisão na detecção das mudanças biomoleculares associadas ao Alzheimer.

Estudo Promissor: Resultados Publicados 📈

O estudo que deu origem a essa inovação envolveu uma análise detalhada das proteínas no sangue que estão associadas ao Alzheimer. Pesquisadores identificaram biomarcadores que, quando apresentados em níveis alterados, indicam a presença da doença. A metodologia envolve uma série de testes e validações em amostras de sangue de milhares de participantes, com o objetivo de aumentar a precisão e a confiabilidade do exame. Os resultados demonstraram que o exame é capaz de detectar a doença com alta precisão, o que pode permitir um diagnóstico mais precoce e intervenções mais eficazes.

Entendendo os Biomarcadores 🔬 

O foco principal do estudo está em biomarcadores como a proteína beta-amilóide e a proteína TAU, que são conhecidos por desempenharem papéis cruciais na progressão do Alzheimer. A beta-amiloide forma placas no cérebro, enquanto a TAU forma emaranhados neurofibrilares que afetam a função neuronal. O exame de sangue detecta alterações antes que os sintomas clínicos se tornem evidentes, permitindo uma intervenção precoce.

Este método pode reduzir a necessidade de exames invasivos e dispensáveis, como a tomografia por emissão de positrões (PET) e a ressonância magnética (RM). Com a inovação, esse novo exame pode ser realizado de forma mais acessível e frequente, permitindo um monitoramento contínuo da saúde cerebral. 

MB INSIGHTS

Querido leitor,

Nossa indicação de hoje é o podcast “Saúde Mental : se cuide para cuidar melhor do outro”. Neste episódio, exploramos a importância vital da saúde mental para os profissionais da saúde. 

Clique abaixo para assistir o Medbox Cast 🎧

Participantes:
Victor Cunha (@victorcunhad)
Tamara Teixeira (@tamarateixeira)
Gustavo Keller (@gustavokeller)
Alice Milbratz (@alicemilbratz)

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