fenômeno inédito no Brasil

aumento alarmante de ansiedade entre crianças

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Bom dia. Muitos têm o entusiasmo para iniciar uma nova jornada, mas poucos possuem a determinação para concluí-la. Não se deixe vencer pelo cansaço. Vá até o fim — que tal começar lendo esta edição completa?

Vamos à leitura!

Mas antes disso: beba seus 500ml de água em jejum e já pega seu cafezinho.

Fonte: Giphy | Reprodução

MEDICINA NO BRASIL

Entidades Médicas Demonstram Preocupação quanto a Formação de Médicos no Brasil

Fonte : Giphy Reprodução 

A qualidade da assistência médica no Brasil está diretamente ligada à formação dos médicos, que são os principais agentes dessa assistência. Médicos mal formados tendem a gerar diagnósticos e tratamentos inadequados, o que resulta em sofrimento para os pacientes, desperdício de recursos financeiros e uso indevido dos equipamentos de saúde, especialmente no setor público.

Cenário Atual do Ensino Médico no Brasil 🏥

A situação do ensino médico no Brasil preocupa os especialistas. A abertura de novas escolas médicas foi facilitada nos últimos anos, sob a premissa de que faltavam médicos, especialmente em cidades pequenas. Atualmente, o Brasil possui 2,8 médicos por mil habitantes, uma taxa semelhante à de alguns países desenvolvidos, mas com uma distribuição geográfica desigual. No Maranhão, por exemplo, há 1,3 médico por mil habitantes, enquanto no Distrito Federal esse número é de 6,3.

Crescimento Desordenado de Faculdades de Medicina 📈

Nas últimas duas décadas, o número de faculdades de Medicina no Brasil aumentou de cerca de 200 para 390, com capacidade para formar em torno de 50 mil médicos por ano até a próxima década. Quase 100 faculdades foram recentemente autorizadas e cerca de 350 estão com liminares sendo avaliadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Esse crescimento desenfreado cria uma esperança injusta para milhares de jovens, pois é esperado que o mercado não comportará o número excessivo de médicos que serão formados.

Critérios para Qualidade no Ensino Médico 📋

A principal discussão atual é definir critérios para garantir que boas escolas médicas se mantenham ativas e para que as incompetentes sejam fechadas. As entidades médicas defendem seis critérios básicos para o funcionamento de uma escola médica. Vem conferir!

  1. Corpo Docente Qualificado e Presente: Os professores devem ensinar aspectos técnicos, comportamentais e éticos da profissão por meio de contato constante com os alunos.

  2. Avaliação Periódicas das Faculdades: É fundamental parametrizar o ensino para respaldar a continuidade do funcionamento das instituições de ensino.

  3. Avaliação dos Estabelecimentos de Treinamento: Os hospitais e as unidades do SUS precisam ser adaptados para o ensino com uma dinâmica distinta.

  4. Obrigatoriedade das Faculdades Terem Estabelecimentos de Treinamento: As faculdades devem oferecem experiências clínicas adequadas para os alunos.

  5. Validação do Diploma por Exame Final de Proficiência: Essa é uma avaliação necessária em todas as faculdades, devido à formação insatisfatória de muitas delas.

  6. Obrigatoriedade de Faculdades Fornecerem Programas de Residência Médica: É importante para a formação de especialistas.

BUSINESS

Biobrás: Uma História de Aquisição e Crescimento no Mundo dos Biomedicamentos

Fonte: Reprodução Brazil Journal

Em 2002, a Biobrás, uma empresa de Minas Gerais e  a quarta maior  fabricante de insulina do mundo, foi vendida para a Novo Nordisk por pouco mais de R$100 milhões. Contudo, a negociação resultou na aquisição apenas do setor de insulina pela companhia dinamarquesa, deixando de fora outros produtos da linha da Biobrás. 

O Plano da Biomm para Crescer nos Biomedicamentos 💊

Renomeada de Biomm, uma sucessora da Biobrás, essa nova companhia divulgou seu plano para crescer no mercado de biomedicamentos. A empresa está buscando expandir seu portfólio para outros produtos, além de insulinas, e passou a licenciar biomedicamentos de farmacêuticas internacionais que ainda não tem sua presença no Brasil. 

Expansão do seu Portfólio 🚀

A Biomm ao longo dos últimos cinco anos conseguiu um alvará de aprovação de cinco medicamentos licenciados pela Anvisa e já está com outros quatro medicamentos em análise dentro da agência reguladora. Alguns dos destaques do seu portfólio incluem:  o Afrezza, uma insulina inalável e produzida pela americana Mannking, o Wosulin uma insulina indiana e o Ghemaxan, um medicamento italiano usado para o tratamento de trombose venosa profunda. 

Com um histórico sólido e uma visão clara para o futuro, a empresa está bem posicionada para aproveitar as oportunidades no mercado de biomedicamentos e só no ano passado faturou cerca de R$100 milhões.

O Futuro dos Biomedicamentos 🔬

A empresa acredita que o mercado farmacêutico está caminhando a passos largos em direção aos biomedicamentos que já estão na escala de 7 dos 10 medicamentos mais vendidos no mundo. Vale lembrar que os biomedicamentos são derivados de um organismo vivo ou de uma fonte biológica como uma bactéria ou anticorpo.

Liberte-se da Dependência Financeira Durante a Faculdade

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MEDICINA E CIÊNCIA

Ciência e Esperança: Primeiro Homem a Tomar a Vacina Contra o Câncer de Intestino

Fonte : Reprodução Metrópoles

O professor universitário inglês Elliot Phebve, de 55 anos, tornou-se o primeiro homem a tomar uma vacina contra o câncer de intestino. A aplicação ocorreu como parte de um ensaio médico que visa testar a eficácia desse tratamento para evitar o retorno dos tumores (recidiva) em pacientes que tiveram de lidar com quadros graves da doença.

O Caso de Elliot Phebve 🔬

Elliot foi diagnosticado em 2023 com um tumor de cólon extremamente agressivo. Embora não tenha tido sintomas do câncer de intestino, o quadro foi identificado em um exame de rotina e levou à necessidade de retirar 30 centímetros do intestino grosso dele em uma cirurgia de emergência. Após passar por quimioterapia e ver os sinais da doença desaparecerem, ele se voluntariou para participar do ensaio clínico da eficácia do imunizante.

Como Funciona a Vacina Contra o Câncer de Intestino? 🔍

Esta vacina é personalizada: cada uma das doses é feita com as mesmas informações genéticas do tumor da pessoa, obtidas em uma biópsia. Por isso, ela só pode ser usada em pacientes que já tiveram a doença para evitar a recidiva.

As cópias das células que compõem o imunizante não são células de câncer, mas se assemelham a elas o suficiente para permitir ao corpo estudar melhor o inimigo e reconhecê-lo caso ele reapareça.

Perspectivas Futuras 🚀

As vacinas experimentais contra o câncer foram desenvolvidas em conjunto pelas biofarmacêuticas BioNTech (criadora da tecnologia junto com a Pfizer) e Genentech, membro do Grupo Roche. Elas estão em fase de testes e devem ser avaliadas em 10 mil pacientes até 2030.

Embora ainda seja cedo para afirmar o sucesso da vacina, os dados preliminares mostraram um aumento significativo na capacidade de defesa do organismo. Se essas vacinas forem desenvolvidas e aprovadas com sucesso, poderão se tornar parte dos cuidados padrão contra o câncer.

SAÚDE MENTAL

Aumento Alarmante de Ansiedade entre Crianças e Jovens: Um Fenômeno Inédito no Brasil

Fonte: RAPS (Rede de Atenção Psicossocial)

Pela primeira vez na história, os registros de ansiedade entre crianças e jovens superaram os de adultos, conforme análise da Folha de S. Paulo a partir da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS de 2013 a 2023. Com um crescimento expressivo nos últimos anos, a taxa de pacientes de 10 a 14 anos atendidos por algum tipo de transtorno foi de 125,8 a cada 100 mil pessoas, e a de adolescentes, foi de 157 a cada 100 mil indivíduos. Entre os jovens com mais de 20 anos, a taxa foi de 112,5 a cada 100 mil, segundo dados de 2023. A situação dos mais jovens passou a ser mais crítica do que a dos adultos em 2022.

Causas Multifatoriais do Aumento 📈

Não há apenas uma causa que motiva esse aumento, mas alguns fatores são comumente apontados por especialistas e estudos: crises econômicas, climáticas, auto diagnósticos simplistas e uso excessivo de celulares e jogos. De modo geral, os dados mostram que a piora nos índices de saúde mental se acentua a partir da segunda década dos anos 2000. Além do maior acesso à informação pela internet, o período é marcado pela popularização do smartphone, das redes sociais e dos jogos online.

Estudiosos há anos investigam a relação entre a tecnologia e o comportamento humano, especialmente entre crianças e adolescentes, que ainda não desenvolveram completamente o sistema de autocontrole. Sabe-se, por exemplo, que as redes sociais possuem mecanismos que podem causar dependência. Não é à toa que leis como a da Flórida, nos Estados Unidos, já proíbem o uso dessas plataformas antes dos 14 anos.

Transtornos Relativos à Saúde Mental 📊

A incidência de transtornos e indicadores de saúde mental foi investigada a partir de três bases de dados, e os resultados foram preocupantes: o Brasil segue a tendência de aumento de casos de suicídio, lesões autoinfligidas, ansiedade, depressão e sentimentos negativos entre adolescentes.

A Pesquisa Nacional de Saúde feita pelo IBGE mostra que a incidência de depressão cresceu em todas as faixas etárias entre 2013 e 2019. Entre as pessoas de 18 a 21 anos, a taxa de depressão passou de 2,47% para 6,23%, um aumento de 152,5%. Para indivíduos com 22 anos ou mais, a taxa aumentou de 8,12% para 10,57%, um crescimento de 30,2%. Embora a depressão ainda seja menos comum entre os jovens do que entre os adultos, essa aceleração está diminuindo a diferença.

Diagnóstico e Busca por Ajuda: Dois Caminhos Possíveis 🏥

O aumento dos transtornos pode indicar que os jovens estão falando mais de suas emoções e procurando mais ajuda do que no passado, ou que estão recebendo diagnósticos errados. O SUS reporta um aumento maior entre meninas de 10 a 14 anos em casos de suicídio e internações por lesões autoinfligidas, cujas notificações passaram a ser obrigatórias em 2011. 

Além disso, os atendimentos por depressão aumentaram 663% nessa faixa etária para meninas, contra 301% para meninos. Em relação à ansiedade, o aumento foi de 398% para meninas dessa faixa etária e 251% para meninos. Já no grupo de 15 a 19 anos, somente os homens tiveram um aumento maior nos casos de suicídio.

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